26 de novembro de 2014


Quando começo a pensar em todas as ligações do mundo, demoro até entender porque estamos tão próximos uns dos outros. O que é afinidade? De onde surge? Por quê? 

Busco entender porque automaticamente tendemos a preferir, por perto, pessoas que de certa forma são parecidas conosco. Não deveria ser diferente? Contrário?

A verdade é que tenho pensado muita coisa e pouca coisa útil. Me sinto exposto e observado. Me sinto inerte diante de um planeta que exala movimento. 

Tenho tentado sair dessa angulação de vida, dessa eterna câmera lenta, quando tudo passa devagar ou em velocidade reduzida enquanto eu fico parado. Sinto saudade do tempo em que estava mais rápido do que os demais e pensava na frente. Eu me divertia.

Hoje, pelo enorme amor que carrego em meu peito, me sobra pouco para outras diversões do intelecto. Tenho me esforçado demais em uma situação involuntária criada pelo órgão que controla minha pulsação. Tenho sido pouco eu.

Nunca escondi que gosto de jogos psíquicos e a habilidade que tenho me ajuda a ter sempre vantagem. Passei boa parte da vida divertindo-me sozinho e em silêncio, prevendo e antevendo cada passo alheio com uma margem de erro próxima de zero.

Sinto saudade de mim mesmo.

Sinto saudade do desprendimento de uma vida sem amor. 

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