3 de dezembro de 2014


Por que não minha?

Confesso não ter a resposta que tanto preciso. Confesso, cada dia mais, ter certeza do que sinto e também do final dessa história.

Não pertencemos ao mesmo mundo, pequena.

Eu passo dias de inverno pensando em como poderia desfrutar de sua companhia. Não creio que esteja disposta a desfrutar da minha, apesar de eu entender que poderia faze-la mais feliz do que qualquer outro que pertença a este mundo.

Não temos tantas afinidades, e talvez isso seja algo novo até para mim. Talvez tenha sido justamente o maior fator para um fracasso de relação que tenha me feito amar você. 

Gosto de pensar na ideia do desafio que seria manter-te em minha vida. 

Gosto, acima de tudo, de pensar que estou disposto, ou estaria, não sei qual tempo verbal usar, a mudar tudo que penso ser minha zona de conforto só para abrigar-te.

Meus braços pedem-ti. Meu corpo desfalece um pouco somente ao imaginar poder passar tardes e noites ao seu lado.

Gostaria de saber, caro tempo, caros deuses, caro coração: por que não minha?

Quem dera os questionamentos parassem por aí. 

Espero, em breve, ter conseguido responder pelo menos uma dessas questões, penso que se isso acontecer poderei partir. Poderia deixar-te com a certeza de que não seríamos felizes juntos.

Enquanto cá estou, perguntando o porquê de não seres minha, existe alguém confortável na posição que penso honrar e pretendo ocupar. Como sempre digo, a culpa não é dele, nem sua. A culpa disso tudo é minha. Só minha. 

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