31 de dezembro de 2014


2014 talvez tenha sido o melhor ano da minha vida. Conquistei meu futuro entrando na universidade que sempre quis e no curso que sempre desejei. Individualmente, com certeza, um ano feliz. 

Os anos anteriores ao atual foram complicados, turvos, pareciam intermináveis e carregavam sempre, ao seu final, um mar de decepções. Tudo isso mudou neste ano.

Ao mesmo tempo que me sinto muito diferente ao final de 2014, sinto-me, também, incompleto. Me falta você, aliás, meu maior presente no ano que se acaba. 

Penso que valeu a pena tudo que passei nos últimos meses deste ano, foi tudo intenso e importante. Eu mudei nessa reta final e não sou mais o mesmo cara que, solitário e desconfiado, sempre na sua, observando tudo e todos, entrou na imensidão de uma universidade sem saber direito qual era a sua turma ou se, de fato, tinha uma turma.

Continuo não tendo turmas, conquistei alguns amigos e você surgiu, me iluminando, me dando rumo e criando em mim um objetivo enorme para os próximos anos que se aproximam. 

Não sou fã do natal, não vejo significado, entretanto, todo ano novo eu peço alguma coisa. Ainda não sei onde estarei quando os primeiros minutos de 2015 surgirem, sei que gostaria de estar contigo. Como não posso, não ainda, pedirei por você. 

Vou desejar que você seja mais feliz e radiante, linda, espetacularmente interessante. Pedirei que você siga sendo feliz, pois eu estarei também, por você. 

Garota, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida até agora. Estou feliz por ter te encontrado. Pedirei um pouco mais da sua companhia em 2015, para mim já será suficiente. 

Seja feliz, vermelha!

Eu te amo!

28 de dezembro de 2014


Não é fácil descobrir que ninguém se importa com você. É pesado.

Você não é o mesmo depois disso, passa a refletir mais e a vida torna-se desestimulante. 

Eu nunca me esforcei para que alguém se importasse comigo, sempre fui autossuficiente, e hoje pago um preço por isso.

Dificilmente vou superar o fato de não ser importante para alguém. 

Não sou único, sou apenas mais um cara invisível no mundo, sou mais um dos caras que as pessoas se acostumam com a ausência.

Eu não poderia ser assim. Eu não, não eu. 

25 de dezembro de 2014


Um dia me disseram algo que eu nunca levei a sério. Disseram-me que eu era um condenado, sem direito a recorrer da pena. Por mais que eu tente esconder a verdade sobre meu destino, e por mais que eu tente revertê-lo, os ventos que me levam sempre deixam-me de cara com tudo que conheço sobre meu futuro e nada do que eu faça para mudar essa rota de colisão parece ter algum efeito. 

Gostaria de um advogado agora, por favor!

O melhor que já existiu nesse planeta.

Espera, acho que nem mesmo ele pode me tirar de onde estou.

São em momentos cruciais da vida que percebo tudo que está em minha volta e até mesmo aquilo que não está, nunca esteve e nunca estará. Eu não consigo correr do meu destino.

Bobo, tolo, um dia cheguei a acreditar que a vida era toda em sua essência fruto das nossas escolhas, e até mesmo por isso denominei este blog. Acho que eu estava errado.

Uma hora tudo começa a se encaixar e a realidade surge, como se fosse um castelo de cartas, todas com um propósito real na estrutura que sustenta tanto o castelo quanto as nossas vidas. Talvez falte uma carta no meu baralho, e a falta dessa carta não permite que todo meu castelo seja finalizado.

Não, não é impossível viver sem essa carta ou sem construir esse castelo. Eu vou sobreviver, não mais do que isso. 

Eu aceitarei o meu destino quando todas as cartas estiverem postas e faltar somente uma, aquela que nunca chegará. 

Por enquanto, ainda restam algumas cartas para fazer subir essa construção. 

No momento certo, um castelo incompleto surgirá, assim como a certeza de uma vida vazia e solitária.

Eu peguei perpétua por não saber controlar meu coração.

20 de dezembro de 2014


14 dias sem ela.

Parece bobagem, e talvez seja mesmo, mas ficar quatorze  dias sem contato com a pessoa que se ama é muita coisa para mim.

Sofro, e cada dia parecem dois de tão longo, porém é claro para qualquer um que esse é o caminho para acostumar-se a distância.  

Creio que nunca vou me acostumar com os dias durante os próximos meses, eles serão sempre um fardo quando lembro de você, mas seguirei meu caminho.

Te amar foi um presente que ganhei, você é um presente na minha vida, mesmo que tudo seja da forma que é.

Agradeço pelo outubro mágico, pelas conversas divertidas, pelas birras, briguinhas, tudo. Você me fez renascer. 

Não vou desistir de nós, só não quero transformar tudo isso em desilusão. Você é minha, e ninguém tira. De dentro do meu coração ninguém pode te tirar.

Eu vou aprender a viver com isso. Eu vou aprender a conviver com você longe de mim, mesmo quando perto estiver. 

15 de dezembro de 2014


Eu desisto.

Alguns anos atrás, depois de enfrentar meu furacão, e sair totalmente esfacelado dele, eu desisti. 

Aquilo não era para mim, não era o que eu gostaria de viver. Amar não valia a pena.

Eu passei anos reconstruindo cada pedaço da minha vida. Não gostava daquele cara que estava no espelho.

Não, nenhuma insegurança estética, isso eu nunca tive. Não gostava mesmo era do cara que me tornei, e acho que até hoje não gosto.

Claro, as coisas mudam, a exposição que ganhamos a cada novo dia nos fazer crescer, amadurecer, dar valores diferentes para atitudes e ações diferentes.

Eu ainda não gosto do cara que vejo no espelho, mas agora consigo enxergar nele alguém que não está mais destroçado. Vejo um homem, não um garoto, vejo alguém completo, não em pedaços.

Eu desisti de desistir.

Sabe, acredito no amor. Confio nas pessoas novamente. A diferença é que agora estou preparado para decepcionar-me com elas. 

Assim como fui vidraça, fui pedra, e talvez nunca tenha percebido isso. 

Alguém já sofreu por mim, pelas minhas atitudes, pelos meus erros.

E seguiram em frente, como eu fiz. Todos sobreviveram.

Não posso esconder que estou apaixonado de novo. Sim, estou, a garota dos cabelos vermelhos tirou de mim cada medo que tive em relação ao coração que tenho.

Pena tudo acontecer assim, sem final feliz. Sem cena legal, sem lembranças, sem beijos, sem abraços, sem diálogos aleatórios que rendem boas risadas, sem apresentação de família, sem amor mútuo.

É engraçado que justamente a pior parte do amor me fez acreditar nele novamente. Parece idiota pensar assim, mais idiota ainda é ter a certeza de que os melhores filmes não terminam como deveriam.

Gostaria de dizer que você e eu protagonizamos um filme sensacional, moça.

Um dia, quem sabe, você o assistirá. 

Um dia, quem sabe, assistiremos juntos.

Um dia, quem sabe, mudaremos o final dele.

Um dia, quem sabe, vou esquecer que por você eu esqueci de esquecer do amor.

10 de dezembro de 2014


Não concordo, mas entendo quando as pessoas escolhem aquilo que parece ser mais fácil, simples, rápido, satisfatório. Apesar de considerar grande parte das coisas que se encaixam nesse perfil chatas, entendo os motivos que levam as pessoas a escolhê-las.

Sabe, eu não me encaixo nesse perfil. Sou um cara totalmente diferente dos padrões, e não me esforço em nada para mudar isso, pois não acho que seja necessário. Eu, por exemplo, não tenho sobrenome, carro, status, cabelo arrumadinho, roupas de grife e amigos influentes. Não tenho nada disso, e nem pretendo ter. Eu tenho amor e um jeito próprio de conduzir a minha vida e cuidar de alguém.

Sou naturalmente meio idiota e só consigo ser mais idiota quando resolvo fazer comparações.

Eu me comparo a um hambúrguer caseiro. O que isso quer dizer?

Nem todo mundo curte hambúrguer caseiro, a maioria nem tem tempo para prepará-lo. É mais fácil comprar um fast food, fazer escolhas padronizadas e com pequenas chances de erro. 

Apesar de curtir as coisas mais difíceis e artesanais, entendo pessoas padronizadas que fazem escolhas padronizadas para completar a vida padronizada que escolheram ter.

Enquanto não existir um padrão que me absorva, sigo sem padrões e curtindo as coisas do jeito mais simples e sincero que conseguir. 

Vale a pena fugir do óbvio?

9 de dezembro de 2014


Apesar de alguns tolos acharem que sim, mulheres não são como troféus, não é possível conquistá-las definitivamente. É preciso mantê-las interessadas em você, e isso requer um processo diário. 

Jamais se acomode. Não a faça ficar com tédio. Ela te ama, mas não ache que ela te amar vai ser suficiente. Quanto menos lados dela você tentar conhecer, mais próximo do fim vocês estarão. 

Sabe, quando você menos esperar e mais seguro de si estiver, ela vai te deixar. E a culpa será sua. Sim, será sua, pois isso só vai acontecer depois que ela te der todas as chances do mundo para reverter um processo que só você não viu acontecer. Humildemente digo: eu acho que elas só precisam de atenção e de alguém que não faça tudo sempre parecer igual.

6 de dezembro de 2014


Amor, eu sempre estive sozinho. Eu nunca me importei, até te conhecer. 

5 de dezembro de 2014


Decidi relaxar. Consegui, finalmente, relaxar.

Percebi que estava me esforçando demais e fazendo tudo de forma errada. 

Já plantei tudo que poderia no momento. Resta-me, agora, esperar pela chuva, como um agricultor do sertão nordestino, do meu sertão. 

Como acontece no amor, a chuva é indomável, pode vir devagar e ajudar a florir galhos, terrenos e vidas. Contudo, a chuva pode nem mesmo chegar, ou chegar forte demais, devastadora. 

Eu só espero pela chuva, seja de qual forma for. Ela decidirá o futuro das sementes enraizadas. 


3 de dezembro de 2014


Por que não minha?

Confesso não ter a resposta que tanto preciso. Confesso, cada dia mais, ter certeza do que sinto e também do final dessa história.

Não pertencemos ao mesmo mundo, pequena.

Eu passo dias de inverno pensando em como poderia desfrutar de sua companhia. Não creio que esteja disposta a desfrutar da minha, apesar de eu entender que poderia faze-la mais feliz do que qualquer outro que pertença a este mundo.

Não temos tantas afinidades, e talvez isso seja algo novo até para mim. Talvez tenha sido justamente o maior fator para um fracasso de relação que tenha me feito amar você. 

Gosto de pensar na ideia do desafio que seria manter-te em minha vida. 

Gosto, acima de tudo, de pensar que estou disposto, ou estaria, não sei qual tempo verbal usar, a mudar tudo que penso ser minha zona de conforto só para abrigar-te.

Meus braços pedem-ti. Meu corpo desfalece um pouco somente ao imaginar poder passar tardes e noites ao seu lado.

Gostaria de saber, caro tempo, caros deuses, caro coração: por que não minha?

Quem dera os questionamentos parassem por aí. 

Espero, em breve, ter conseguido responder pelo menos uma dessas questões, penso que se isso acontecer poderei partir. Poderia deixar-te com a certeza de que não seríamos felizes juntos.

Enquanto cá estou, perguntando o porquê de não seres minha, existe alguém confortável na posição que penso honrar e pretendo ocupar. Como sempre digo, a culpa não é dele, nem sua. A culpa disso tudo é minha. Só minha. 

30 de novembro de 2014


E se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer...

29 de novembro de 2014


É algo idiota pensar que, mesmo longe de ti, me sinto bem por você. Acreditei por longos dias que não estavas feliz no atual laço que possui, percebi um pouco de desgaste na tua pouca fala, percebi certa comodidade, falta de ação, novidade. Mulheres como você se entendiam muito fácil, e não é tão difícil notar isso.

Todavia, os dias se passam e não percebo atitude alguma de sua parte para afastar-se da situação atual, o que me leva a crer que estas feliz, mesmo que não aparente isso. E se estas feliz, garota, eu não quero ser um motivo de infelicidade, um mensageiro do caos, mesmo que saiba também ser portador.

Portador do novo, do desconhecido e da mais pura forma de amor. Creio que te amo, e hoje digo isso pela primeira vez. Falei por diversas vezes em paixão, e até ontem talvez fosse, mas chegou a hora de estender isso. Uma paixão leve jamais faria-me sentir tudo que sinto e fazer tudo que faço, jamais. Eu estou amando você.

Apesar de ser uma mudança de status, nada mudará além disso por enquanto. Os dias seguem frios, intensos e demorados, maltratantes. Meus sonhos seguem inquietos e involuntários. Tua imagem atinge-me como um raio. Clara e poderosa como um raio. 

Enquanto paixões tornam-se amores, as estações seguem loucas dentro do meu eu. 

Só queria ter um pouco de calor, pois de frio já bastam teus sentimentos por mim.

28 de novembro de 2014


Tenho a estranha sensação de que estaremos em situações inversas muito em breve. É quase uma certeza, pena que ainda não consigo enxergar com clareza como isso, de fato, vai acontecer. 

Penso que tenho feito mais do que deveria e muito, mas muito menos do que eu poderia se estivesse com caminho livre. Correr com barreiras é muito mais difícil. 

Apesar de ter enfrentado situações bem complicadas nesta vida, nunca passei por algo semelhante. É muito bom saber que você não está inatingível, inacessível. Ao mesmo tempo, penso que é mais cruel poder acessar algo que não podemos ter, fica mais angustiante e as sensações são mais fortes, próximas. 

Confesso não ter ideia do que será de mim amanhã, ou depois de amanhã, semana que vem, no ano que vem. 

Eu só tenho certeza de uma coisa. 

Meu amor por ti não terminará ao fim do verão, nem ao fim do ano, digo que talvez nem mesmo ao fim da minha vida. 

27 de novembro de 2014



Hoje escrevi mais um carta. Uma longa e divertida carta. Como todas as outras, essa não chegará nas mãos de quem deveria lê-la. Continuo tolamente escrevendo longas cartas pra ninguém.

Sabe, me sinto melhor escrevendo sobre você como se fosse para ninguém. 

Espera, eu já te disse isso em uma outra carta. Droga, você não leu. 

Me sinto idiota nesse momento, trago um sorriso idiota na face. Esse sorriso idiota que eu não faço a mínima ideia se percebestes que tenho.

É difícil escrever sobre amor.

É difícil deixar de escrever sobre amor. 

Fácil mesmo é escrever para você. Lindo seria se você soubesse que tudo isso é para você.

Não sei se faria diferença ou não, tanto faz, pra ser sincero. Eu não faço nada pensando em te convencer a enxergar aquilo que tenta ignorar. Até mesmo porque estaria sendo burro, ninguém esconde nada de si mesmo. 

Neste blog mesmo já escrevi sobre o tempo muitas vezes, conheço-o como as linhas que cortam as palmas das minhas mãos. O tempo não tem dono, o tempo não passa ou volta, ele faz aquilo que quer, quando quer e por quem quer. O poder do tempo é inenarrável e invisível. 

Enquanto não voltamos a nos falar, repito a frase mais importante deste texto.

É difícil escrever sobre amor. 

26 de novembro de 2014


Sempre tive certa inquietação pela cor vermelha, mas nada além de uma atração boba.

Depois de conhecer-te, essa relação mudou um pouco, fortaleceu-se, concretizou-se. Vejo vermelho em tudo agora, parece até que tenho um filtro na retina. 

O mundo parece-me mais monótono, óbvio, porém segue sendo meu mundo. 

A cor dos teus cabelos passou a ser a cor da minha vida, pelo menos por enquanto.

Talvez amanhã, quando acordar, possa voltar a ver realçar um olhar com as cores da aquarela.

Por hoje, vermelho me parece ser a cor mais quente. Por hoje, vermelho me parece ser a única cor.

Quando começo a pensar em todas as ligações do mundo, demoro até entender porque estamos tão próximos uns dos outros. O que é afinidade? De onde surge? Por quê? 

Busco entender porque automaticamente tendemos a preferir, por perto, pessoas que de certa forma são parecidas conosco. Não deveria ser diferente? Contrário?

A verdade é que tenho pensado muita coisa e pouca coisa útil. Me sinto exposto e observado. Me sinto inerte diante de um planeta que exala movimento. 

Tenho tentado sair dessa angulação de vida, dessa eterna câmera lenta, quando tudo passa devagar ou em velocidade reduzida enquanto eu fico parado. Sinto saudade do tempo em que estava mais rápido do que os demais e pensava na frente. Eu me divertia.

Hoje, pelo enorme amor que carrego em meu peito, me sobra pouco para outras diversões do intelecto. Tenho me esforçado demais em uma situação involuntária criada pelo órgão que controla minha pulsação. Tenho sido pouco eu.

Nunca escondi que gosto de jogos psíquicos e a habilidade que tenho me ajuda a ter sempre vantagem. Passei boa parte da vida divertindo-me sozinho e em silêncio, prevendo e antevendo cada passo alheio com uma margem de erro próxima de zero.

Sinto saudade de mim mesmo.

Sinto saudade do desprendimento de uma vida sem amor. 

25 de novembro de 2014


Vivo hoje meus piores dias recentes. Tenho transbordado bem mais do que deveria, bem mais do que meu coração, sofrido, ferido, ardendo, suporta. Tenho conversado além da conta com quem jamais pensei que fosse um dia ter algum tipo de conversa como as que meu corpo deseja ter. 

Não consigo entender perfeitamente o que de fato terei de enfrentar daqui pra frente, muito menos com quais armas poderei me defender. Eu sei muito pouco sobre esse eu que se forma. Sei pouco sobre esse tu que me atormenta, sobre esse teu eu que muda constantemente e desvia dos caminhos que trilho para esse nosso nós que cada dia fica mais distante. 

É um baita clichê isso que pretendo dizer logo a frente, mas não é possível mentir para si mesmo. Eu tentei por diversas vezes em minha curta e intensa vida e, em todas, falhei. Percebo, e pode ser apenas falsa criação da minha mente inquieta, que tens tentado, de forma digna, penso, acredite, te entendo, não passar mensagens que possam ser interpretadas de forma errada. 

Como disse, podemos não fazer aquilo que queremos, mas jamais podemos nos fazer crer que essa é a vontade do nosso inconsciente. Fica tudo artificial, sabe?

Preparo-me para longos dias de inverno em pleno verão. Sentirei sua falta e o frio mesmo quando muito quente o sol estiver. Juro que irei aproveitar para deter-me. Vou buscar um jeito de deixar-te mais livre do que eu já deixo hoje. Apesar de saber que não sou um qualquer para ti, longe disso, percebo que tendes a escolher caminhos que não cruzarão com os meus. 

Mais do que ninguém, e não poderia ser diferente, digo isso pelo nome do blog que mantenho, eu entendo e respeito as escolhas que precisam ser feitas. Eu fiz a minha, acertada ou não, e a minha foi você. 

16 de novembro de 2014


Odeio perder. 

Odeio estar em desvantagem, odeio não poder competir. Odeio perder. 

Odeio me odiar tanto quanto odeio tudo aquilo que carreguei comigo por meses. Odeio olhar para algo que não existe e conseguir enxergar algo concreto. Odeio perder. 

Odeio respeitar demais meu coração ao ponto de ser incapaz de contraria-lo, odeio, as vezes, ainda tê-lo comigo. Odeio perder. 

Odeio pensar que estaria melhor longe de você, odeio temer meu futuro. Odeio perder.

Odeio entrar em batalhas desnecessárias, odeio precisar sobreviver novamente. Odeio perder. 

Odeio não conseguir ser infiel ao que sinto, e odeio odiar tantas coisas. Eu simplesmente odeio perder, apesar de saber lidar com a derrota. 

15 de novembro de 2014


Estou me preparando aos poucos para o teste mais difícil da minha vida. Em breve, muito breve, perderei você de vista, e devo entrar em guerra comigo mesmo. Passar por esse treinamento quase militar tem sido muito duro, confesso estar acabado. Tento lembrar que isso terá alguma serventia, e ganho um pouco mais de sobrevida.

Só queria acabar de vez com isso, gritar pra todo mundo ouvir que é com você todos os meus sonhos e são seus meus pensamentos. Queria poder. Queria estar. Queria ser. Queria não querer. 

Meu coração tem reclamado, e não estamos nos dando bem nesses últimos dias. To bem puto com ele e ao mesmo tempo não tenho coragem de enfrenta-lo. Depois de tudo que ele passou, não acho justo que inconscientemente tire dele a felicidade de estar vivo e apaixonado. 

Muitas vezes é preciso aceitar um sacrifício a mais.

6 de novembro de 2014



Nunca tive aquilo que queria exatamente na hora em que desejei. Eu sempre tive que esperar. Salvo exceções, isso aconteceu com todas as minhas grandes conquistas. O prazer de alcançar aquilo que quis não foi alterado, nem para mais, nem para menos. Vieram, talvez, mesmo que eu discorde disso, em hora certa. 

Nem sempre tive tudo que quis, nem sempre gostei daquilo que um dia pensei ser o melhor para mim. Já tive decepções, grandes decepções, mas algo que nunca tive, de fato, foi aquilo que desejo urgente de forma urgente. Se tem algo que não sou nessa vida é um ser mimado. Jamais, por exemplo, como os mimados fazem, coloquei mulher alguma em estande de exposição como um troféu. Jamais fiz e jamais farei. Eu simplesmente curti todas as minhas conquistas, e preciso dizer, não estou apenas me referindo ao campo de relacionamentos, como poucos curtiriam. Elas não foram fáceis, e talvez nem devessem ser. 

O que quero dizer é que não tenho pressa para ter você. Espero quanto tempo meu coração pedir para que eu espere. 

4 de novembro de 2014


Passei alguns dias sem vir neste espaço escrever sobre meus dias ou sobre você. Eu tentei. Cheguei aqui, abri a caixa de texto e travei. Não, não era falta do que falar, pelo contrário, era excesso. Excesso de sentimento, excesso de dor. 

Não estive bem durante as últimas semanas, coincidentemente, nas semanas em que menos te vi. Talvez tenha relação. Percebo que eu estou alimentando-me menos, bebendo menos, buscando prazer em menor escala. Seu eu na minha mente tem sido suficiente para manter-me vivo e satisfeito. Eu tenho medo disso. Temo, um dia, não precisar mais de nada que não seja ou venha de ti. Temo, e temo bastante, que a minha vida torne-se a sua. Temo que esteja em processo irreversível de amor. 

25 de outubro de 2014


And that was the day that I promised. I'd never sing of love.

But, you are the only exception.

Maybe I know, somewhere, deep in my soul, that love never lasts and we've got to find other ways to make it alone or keep a straight face.

And I've always lived like this, keeping a comfortable distance, and up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness.

Because none of it was ever worth the risk, but you are the only exception.

(The Only Exception - Paramore)

24 de outubro de 2014


Busco você nas menores coisas do meu cotidiano, busco você nos detalhes que ninguém consegue enxergar. Busco você pela facilidade de te encontrar. És tão parte de mim que até mesmos os cegos conseguem notar a forma tola como te olho e procuro. Foi buscando entender aquilo que sentia, dessa forma, nos detalhes, que entendi aquilo que me negara por algum tempo: aquele coração acelerado era por ti, só por ti. Será assim por um longo tempo, talvez até que pare de pulsar. 

23 de outubro de 2014


Falaram-me sobre zona de conforto esta noite. Claro, como profundo conhecedor do tema, precisei manifestar-me. Estar sempre na zona de conforto talvez seja pior do que permanecer preso dentro de um gigante buraco. Sabe por quê? Você acredita estar protegido do mundo, do efeito catastrófico que as outras pessoas - incluindo você - causam na sociedade torpe na qual vivemos. Acredite, é melhor estar dentro de um buraco e estar a toda hora pedindo ajuda do que viver na ilusão de uma zona de conforto acreditando estar melhor ali, na bolha. Se pudesse dar uma dica ao seres humanos, diria para comprarem algumas agulhas e estourarem a bolha. A vida é diferente lá fora, ela é real, você não consegue se esconder para sempre. 

22 de outubro de 2014


Poucas vezes pude te ter tão perto de mim, dos meus lábios, do meu rosto, do meu coração acelerado. Minha expressão pouco mudou, claro, tenho disfarçado ao máximo. Como disse um dia, não quero bagunçar tua vida, não até ter certeza de que você quer ter a vida bagunçada por mim. Gostaria de poder te abraçar como hoje, sentir teu corpo próximo, teu calor. Teu jeito de me abraçar não foi normal, creio que você tentou me passar um recado. Digo mais, foi algo inconsciente. Creio que teu corpo agiu por impulso, e tua reação ao fixar seus olhos nos meus foi de fuga, talvez tenha aí percebido. Ou talvez isso tudo seja fantasia da minha mente que é inquieta. Enfim. Troco toda essa história por mais um abraço teu, pequena. 

21 de outubro de 2014


Eu não sei parar de te olhar. Eu não sei parar. 
Eu não me canso de olhar. Eu não sei parar de te olhar. 
Não vou parar de te olhar. 

Odeio quando você faz isso comigo. Odeio o fato de odiar tudo que vem de você junto com esse cara. Não, ele não tem culpa, talvez nem você tenha. Talvez o único digno de ódio nesse momento seja meu coração que enfiou-me no meio dessa história louca. 

20 de outubro de 2014


Não enquadre-me, moça. Não tente-me fazendo com que eu olhe para ti. Olhar tua face, teu rosto, tua cara é algo que faria para o resto da minha vida. 

19 de outubro de 2014


Levem-me para longe do meu coração, por favor. Ele não gosta de mim. 

18 de outubro de 2014


Escrevendo passei boa parte da minha vida adulta. Escrevendo pude notar quanto as palavras que naturalmente formam-se entre minha mente e o teclado afetam, de fato, meu cotidiano. Colocando versos em um sistema textual pude expressar aquilo que para outros não consigo através da fala. Quero, hoje, pedir desculpas ao amigos que neguei papo. As amigas, sempre carinhosas, digo que apenas saber que vocês estavam e estão comigo em qualquer momento ou fase da minha vida já me deixa satisfeito. Ora, devo desculpas aos meus amigos sim. Desculpas por não ser um cara tradicional, desculpas por preferir ouvir à falar, desculpas por não ter um lado falso que possa ser útil. Desculpas por preferir meus textos aos ombros alheios.

17 de outubro de 2014


Ainda gosto de encarar o céu sobre minha cabeça, e gosto, claro, de olhar minha estrela. Mesmo sabendo que jamais de lá ela sairá, faço certo esforço em checar de quase em sempre. Ah, essa estrela... Confesso também ser estranho encara-la diante de todos os fatos posteriores. Preciso dizer-lhe, estrela, você não é mais tão representante em minha vida, por mais que te admire a cada vez que para cima olho. As janelas dos ônibus servem para te observar, estrela, tenho cada vez mais certeza disso. Olha, estrela, você ainda continua magnífica, encantadora, porém não posso mais dar-me ao luxo de corteja-la como outrora. Não posso pois não quero, não seria justo, não acrescentaria-me nada além do que já tivemos. Do nada que tivemos, do nada que representou tudo que sou, e até aquilo que jamais fui ou serei. 

Você, deslumbrante, continua sendo parte da minha luz na escuridão, só que desta vez és apenas parte, não um todo. Sabes por quê, estrela? Minha luz segue os passos vermelhos dos cabelos daquela moça. A moça que, tão bela quanto tu, está a enfeitiçar este pobre e cicatrizado coração. Estrela, ninguém jamais apagará teu brilho, todavia, acredite, para nosso bem é melhor que eu continue a seguir essa luz neon que surgiu em minha dianteira. Sinceramente, estrela, espero que esse neon envermelhecido não leve-me ao mesmo penhasco que este brilho fosco da tua luz atirou-me um dia. 

16 de outubro de 2014


Conquistar alguém talvez não seja a minha maior especialidade. Vi em um filme, aliás, filme que me lembra você, que para conquistar uma mulher é preciso, apenas, contar a verdade a ela e esperar que a mesma acredite. Eu tenho tentado te contar a verdade. Tudo bem, meu jeito de fazer isso não é o melhor. Sou correto demais comigo e com os outros para fazer algo que não acho certo no momento. Te respeito e respeito aquilo que construiu e escolheu para sua vida nesse instante. Não acho justo atravessar tua vida assim, do nada, como um furacão. Este blog não tem boas experiências com furacões. 

Não tenho pressa em te conquistar, garota, creio que nem você tem pressa em ser conquistada. Posso fazê-la ser a missão da minha vida, caso consiga ver em ti que existe um mínimo de curiosidade sobre isso que temos, algo que ainda não consegui definir e, como disse, não tenho pressa em saber. Gosto de curtir cada momento tolo que temos e cada motivo bobo que crio só para conversar contigo. Sem pressa, do meu jeito, sem pressão e te deixando livre, vou saber cavar meu espaço na tua vida. Espero não falhar. 

15 de outubro de 2014


As vezes acho-me babaca por ter medo do que sinto. Ao mesmo tempo, pelo que conheço da incessante mente minha, compreendo esse bloqueio em estar perto de ti sem poder ter olhar como gostaria. Evito, claro, não te quero parcialmente, não te quero olhar como algo inalcançável. Tento evitar ao máximo que seus olhos estejam de encontro aos meus, garota. Eles, esbranquiçados, como só eu pude notar, me encaram com a profundidade dos mais relevantes relevos. 

Espero que esse mundo que nos separa um dia esteja trincado. Será bem mais fácil rompe-lo. Terei forças. Por enquanto, deixo mais um dia passar como a correnteza de um rio. Os dias vão passando e tudo que penso sentir torna-se mais concreto, real. 

Gosto de você, moça. 

13 de outubro de 2014


Procuro motivos para não ver em ti aquilo que busco. Você pode mudar-me, transformar-me, adaptar-me, vencer-me pelo cansaço que forço sentir apenas para saber qual é tua cara quando tens uma conquista. Você pode beber-me como bebo nesse desconhecido que invade meu corpo, aliás, você pode fazer-me muitas coisas, só não esqueça-se de ligar-me. Desligado sou apenas um corpo perdido que busca motivos que não existem. 

12 de outubro de 2014


Cá estou, sozinho, em um quarto que conheço como cada passo que dei em um passado não muito distante. Precisava disso. Precisa voltar a ter, em mente, que posso desejar viver além da minha zona de conforto. Bela zona de conforto, aliás, estou mergulhado nela há anos, e confesso ter temido, um dia, jamais sentir vontade de deixá-la. Abri mão de alguns anos pela segurança que este quarto, ora, que irônico, logo este quarto me dá, dava, dará, não sei. Não creio que perdi anos, apenas fiz escolhas. E logo elas me trazem ao status quo. Estou crendo, pela primeira vez, que após quatro anos do furacão, estou cicatrizado. Estou permitindo-me encantar pelos enormes e brilhantes caminhos que essa coisa abstrata, que as pessoas chamam de paixão, oferece-nos.

É difícil, mesmo com a bagagem que arrasto pelo tempo, escolher certo. Provavelmente essa história que iniciou-se não terminará bem, como tantas outras que iniciam-se e terminam dia após dia. Mesmo sabedor disso pelo próprio testemunho, não quero ter medo, não quero negar-me novamente. Quero sentir, imaginar, crer, descrer, alegrar-me pelos atos mais absurdamente pequenos. Isso me faz falta. É bom, digo, não é ruim ter em mim um sentimento diferente de todos os outros que construí durante meu período de amadurecimento. É tudo novo de novo. Não creio, não mais, que dependa apenas de mim ter um final diferente. Depende de tudo, principalmente das escolhas. Percebo que a paixão talvez seja como um cachorro burro que late por causa de uma gata em cima do muro. Tão inútil quando inevitável. Talvez eu seja um cachorro assustador demais e torne-se arriscado descer do muro justamente no lado onde estou.