25 de dezembro de 2014


Um dia me disseram algo que eu nunca levei a sério. Disseram-me que eu era um condenado, sem direito a recorrer da pena. Por mais que eu tente esconder a verdade sobre meu destino, e por mais que eu tente revertê-lo, os ventos que me levam sempre deixam-me de cara com tudo que conheço sobre meu futuro e nada do que eu faça para mudar essa rota de colisão parece ter algum efeito. 

Gostaria de um advogado agora, por favor!

O melhor que já existiu nesse planeta.

Espera, acho que nem mesmo ele pode me tirar de onde estou.

São em momentos cruciais da vida que percebo tudo que está em minha volta e até mesmo aquilo que não está, nunca esteve e nunca estará. Eu não consigo correr do meu destino.

Bobo, tolo, um dia cheguei a acreditar que a vida era toda em sua essência fruto das nossas escolhas, e até mesmo por isso denominei este blog. Acho que eu estava errado.

Uma hora tudo começa a se encaixar e a realidade surge, como se fosse um castelo de cartas, todas com um propósito real na estrutura que sustenta tanto o castelo quanto as nossas vidas. Talvez falte uma carta no meu baralho, e a falta dessa carta não permite que todo meu castelo seja finalizado.

Não, não é impossível viver sem essa carta ou sem construir esse castelo. Eu vou sobreviver, não mais do que isso. 

Eu aceitarei o meu destino quando todas as cartas estiverem postas e faltar somente uma, aquela que nunca chegará. 

Por enquanto, ainda restam algumas cartas para fazer subir essa construção. 

No momento certo, um castelo incompleto surgirá, assim como a certeza de uma vida vazia e solitária.

Eu peguei perpétua por não saber controlar meu coração.

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