30 de novembro de 2014


E se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer...

29 de novembro de 2014


É algo idiota pensar que, mesmo longe de ti, me sinto bem por você. Acreditei por longos dias que não estavas feliz no atual laço que possui, percebi um pouco de desgaste na tua pouca fala, percebi certa comodidade, falta de ação, novidade. Mulheres como você se entendiam muito fácil, e não é tão difícil notar isso.

Todavia, os dias se passam e não percebo atitude alguma de sua parte para afastar-se da situação atual, o que me leva a crer que estas feliz, mesmo que não aparente isso. E se estas feliz, garota, eu não quero ser um motivo de infelicidade, um mensageiro do caos, mesmo que saiba também ser portador.

Portador do novo, do desconhecido e da mais pura forma de amor. Creio que te amo, e hoje digo isso pela primeira vez. Falei por diversas vezes em paixão, e até ontem talvez fosse, mas chegou a hora de estender isso. Uma paixão leve jamais faria-me sentir tudo que sinto e fazer tudo que faço, jamais. Eu estou amando você.

Apesar de ser uma mudança de status, nada mudará além disso por enquanto. Os dias seguem frios, intensos e demorados, maltratantes. Meus sonhos seguem inquietos e involuntários. Tua imagem atinge-me como um raio. Clara e poderosa como um raio. 

Enquanto paixões tornam-se amores, as estações seguem loucas dentro do meu eu. 

Só queria ter um pouco de calor, pois de frio já bastam teus sentimentos por mim.

28 de novembro de 2014


Tenho a estranha sensação de que estaremos em situações inversas muito em breve. É quase uma certeza, pena que ainda não consigo enxergar com clareza como isso, de fato, vai acontecer. 

Penso que tenho feito mais do que deveria e muito, mas muito menos do que eu poderia se estivesse com caminho livre. Correr com barreiras é muito mais difícil. 

Apesar de ter enfrentado situações bem complicadas nesta vida, nunca passei por algo semelhante. É muito bom saber que você não está inatingível, inacessível. Ao mesmo tempo, penso que é mais cruel poder acessar algo que não podemos ter, fica mais angustiante e as sensações são mais fortes, próximas. 

Confesso não ter ideia do que será de mim amanhã, ou depois de amanhã, semana que vem, no ano que vem. 

Eu só tenho certeza de uma coisa. 

Meu amor por ti não terminará ao fim do verão, nem ao fim do ano, digo que talvez nem mesmo ao fim da minha vida. 

27 de novembro de 2014



Hoje escrevi mais um carta. Uma longa e divertida carta. Como todas as outras, essa não chegará nas mãos de quem deveria lê-la. Continuo tolamente escrevendo longas cartas pra ninguém.

Sabe, me sinto melhor escrevendo sobre você como se fosse para ninguém. 

Espera, eu já te disse isso em uma outra carta. Droga, você não leu. 

Me sinto idiota nesse momento, trago um sorriso idiota na face. Esse sorriso idiota que eu não faço a mínima ideia se percebestes que tenho.

É difícil escrever sobre amor.

É difícil deixar de escrever sobre amor. 

Fácil mesmo é escrever para você. Lindo seria se você soubesse que tudo isso é para você.

Não sei se faria diferença ou não, tanto faz, pra ser sincero. Eu não faço nada pensando em te convencer a enxergar aquilo que tenta ignorar. Até mesmo porque estaria sendo burro, ninguém esconde nada de si mesmo. 

Neste blog mesmo já escrevi sobre o tempo muitas vezes, conheço-o como as linhas que cortam as palmas das minhas mãos. O tempo não tem dono, o tempo não passa ou volta, ele faz aquilo que quer, quando quer e por quem quer. O poder do tempo é inenarrável e invisível. 

Enquanto não voltamos a nos falar, repito a frase mais importante deste texto.

É difícil escrever sobre amor. 

26 de novembro de 2014


Sempre tive certa inquietação pela cor vermelha, mas nada além de uma atração boba.

Depois de conhecer-te, essa relação mudou um pouco, fortaleceu-se, concretizou-se. Vejo vermelho em tudo agora, parece até que tenho um filtro na retina. 

O mundo parece-me mais monótono, óbvio, porém segue sendo meu mundo. 

A cor dos teus cabelos passou a ser a cor da minha vida, pelo menos por enquanto.

Talvez amanhã, quando acordar, possa voltar a ver realçar um olhar com as cores da aquarela.

Por hoje, vermelho me parece ser a cor mais quente. Por hoje, vermelho me parece ser a única cor.

Quando começo a pensar em todas as ligações do mundo, demoro até entender porque estamos tão próximos uns dos outros. O que é afinidade? De onde surge? Por quê? 

Busco entender porque automaticamente tendemos a preferir, por perto, pessoas que de certa forma são parecidas conosco. Não deveria ser diferente? Contrário?

A verdade é que tenho pensado muita coisa e pouca coisa útil. Me sinto exposto e observado. Me sinto inerte diante de um planeta que exala movimento. 

Tenho tentado sair dessa angulação de vida, dessa eterna câmera lenta, quando tudo passa devagar ou em velocidade reduzida enquanto eu fico parado. Sinto saudade do tempo em que estava mais rápido do que os demais e pensava na frente. Eu me divertia.

Hoje, pelo enorme amor que carrego em meu peito, me sobra pouco para outras diversões do intelecto. Tenho me esforçado demais em uma situação involuntária criada pelo órgão que controla minha pulsação. Tenho sido pouco eu.

Nunca escondi que gosto de jogos psíquicos e a habilidade que tenho me ajuda a ter sempre vantagem. Passei boa parte da vida divertindo-me sozinho e em silêncio, prevendo e antevendo cada passo alheio com uma margem de erro próxima de zero.

Sinto saudade de mim mesmo.

Sinto saudade do desprendimento de uma vida sem amor. 

25 de novembro de 2014


Vivo hoje meus piores dias recentes. Tenho transbordado bem mais do que deveria, bem mais do que meu coração, sofrido, ferido, ardendo, suporta. Tenho conversado além da conta com quem jamais pensei que fosse um dia ter algum tipo de conversa como as que meu corpo deseja ter. 

Não consigo entender perfeitamente o que de fato terei de enfrentar daqui pra frente, muito menos com quais armas poderei me defender. Eu sei muito pouco sobre esse eu que se forma. Sei pouco sobre esse tu que me atormenta, sobre esse teu eu que muda constantemente e desvia dos caminhos que trilho para esse nosso nós que cada dia fica mais distante. 

É um baita clichê isso que pretendo dizer logo a frente, mas não é possível mentir para si mesmo. Eu tentei por diversas vezes em minha curta e intensa vida e, em todas, falhei. Percebo, e pode ser apenas falsa criação da minha mente inquieta, que tens tentado, de forma digna, penso, acredite, te entendo, não passar mensagens que possam ser interpretadas de forma errada. 

Como disse, podemos não fazer aquilo que queremos, mas jamais podemos nos fazer crer que essa é a vontade do nosso inconsciente. Fica tudo artificial, sabe?

Preparo-me para longos dias de inverno em pleno verão. Sentirei sua falta e o frio mesmo quando muito quente o sol estiver. Juro que irei aproveitar para deter-me. Vou buscar um jeito de deixar-te mais livre do que eu já deixo hoje. Apesar de saber que não sou um qualquer para ti, longe disso, percebo que tendes a escolher caminhos que não cruzarão com os meus. 

Mais do que ninguém, e não poderia ser diferente, digo isso pelo nome do blog que mantenho, eu entendo e respeito as escolhas que precisam ser feitas. Eu fiz a minha, acertada ou não, e a minha foi você. 

16 de novembro de 2014


Odeio perder. 

Odeio estar em desvantagem, odeio não poder competir. Odeio perder. 

Odeio me odiar tanto quanto odeio tudo aquilo que carreguei comigo por meses. Odeio olhar para algo que não existe e conseguir enxergar algo concreto. Odeio perder. 

Odeio respeitar demais meu coração ao ponto de ser incapaz de contraria-lo, odeio, as vezes, ainda tê-lo comigo. Odeio perder. 

Odeio pensar que estaria melhor longe de você, odeio temer meu futuro. Odeio perder.

Odeio entrar em batalhas desnecessárias, odeio precisar sobreviver novamente. Odeio perder. 

Odeio não conseguir ser infiel ao que sinto, e odeio odiar tantas coisas. Eu simplesmente odeio perder, apesar de saber lidar com a derrota. 

15 de novembro de 2014


Estou me preparando aos poucos para o teste mais difícil da minha vida. Em breve, muito breve, perderei você de vista, e devo entrar em guerra comigo mesmo. Passar por esse treinamento quase militar tem sido muito duro, confesso estar acabado. Tento lembrar que isso terá alguma serventia, e ganho um pouco mais de sobrevida.

Só queria acabar de vez com isso, gritar pra todo mundo ouvir que é com você todos os meus sonhos e são seus meus pensamentos. Queria poder. Queria estar. Queria ser. Queria não querer. 

Meu coração tem reclamado, e não estamos nos dando bem nesses últimos dias. To bem puto com ele e ao mesmo tempo não tenho coragem de enfrenta-lo. Depois de tudo que ele passou, não acho justo que inconscientemente tire dele a felicidade de estar vivo e apaixonado. 

Muitas vezes é preciso aceitar um sacrifício a mais.

6 de novembro de 2014



Nunca tive aquilo que queria exatamente na hora em que desejei. Eu sempre tive que esperar. Salvo exceções, isso aconteceu com todas as minhas grandes conquistas. O prazer de alcançar aquilo que quis não foi alterado, nem para mais, nem para menos. Vieram, talvez, mesmo que eu discorde disso, em hora certa. 

Nem sempre tive tudo que quis, nem sempre gostei daquilo que um dia pensei ser o melhor para mim. Já tive decepções, grandes decepções, mas algo que nunca tive, de fato, foi aquilo que desejo urgente de forma urgente. Se tem algo que não sou nessa vida é um ser mimado. Jamais, por exemplo, como os mimados fazem, coloquei mulher alguma em estande de exposição como um troféu. Jamais fiz e jamais farei. Eu simplesmente curti todas as minhas conquistas, e preciso dizer, não estou apenas me referindo ao campo de relacionamentos, como poucos curtiriam. Elas não foram fáceis, e talvez nem devessem ser. 

O que quero dizer é que não tenho pressa para ter você. Espero quanto tempo meu coração pedir para que eu espere. 

4 de novembro de 2014


Passei alguns dias sem vir neste espaço escrever sobre meus dias ou sobre você. Eu tentei. Cheguei aqui, abri a caixa de texto e travei. Não, não era falta do que falar, pelo contrário, era excesso. Excesso de sentimento, excesso de dor. 

Não estive bem durante as últimas semanas, coincidentemente, nas semanas em que menos te vi. Talvez tenha relação. Percebo que eu estou alimentando-me menos, bebendo menos, buscando prazer em menor escala. Seu eu na minha mente tem sido suficiente para manter-me vivo e satisfeito. Eu tenho medo disso. Temo, um dia, não precisar mais de nada que não seja ou venha de ti. Temo, e temo bastante, que a minha vida torne-se a sua. Temo que esteja em processo irreversível de amor.