27 de novembro de 2014



Hoje escrevi mais um carta. Uma longa e divertida carta. Como todas as outras, essa não chegará nas mãos de quem deveria lê-la. Continuo tolamente escrevendo longas cartas pra ninguém.

Sabe, me sinto melhor escrevendo sobre você como se fosse para ninguém. 

Espera, eu já te disse isso em uma outra carta. Droga, você não leu. 

Me sinto idiota nesse momento, trago um sorriso idiota na face. Esse sorriso idiota que eu não faço a mínima ideia se percebestes que tenho.

É difícil escrever sobre amor.

É difícil deixar de escrever sobre amor. 

Fácil mesmo é escrever para você. Lindo seria se você soubesse que tudo isso é para você.

Não sei se faria diferença ou não, tanto faz, pra ser sincero. Eu não faço nada pensando em te convencer a enxergar aquilo que tenta ignorar. Até mesmo porque estaria sendo burro, ninguém esconde nada de si mesmo. 

Neste blog mesmo já escrevi sobre o tempo muitas vezes, conheço-o como as linhas que cortam as palmas das minhas mãos. O tempo não tem dono, o tempo não passa ou volta, ele faz aquilo que quer, quando quer e por quem quer. O poder do tempo é inenarrável e invisível. 

Enquanto não voltamos a nos falar, repito a frase mais importante deste texto.

É difícil escrever sobre amor. 

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